Nesta quarta-feira (19), em decisão unânime, a autoridade monetária elevou a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, para o patamar de 11,25% ao ano. Na segunda-feira (17) o Banco Central (BC) divulgou o boletim Focus, com previsões de analistas de mais de 100 instituições financeiras. Pela sexta semana consecutiva, a expectativa de inflação para 2011 aumentou, passando de 5,34% para 5,42%.
Esta é a primeira alta da taxa básica de juros desde julho do ano passado, quando o ex-presidente do BC Henrique Meirelles elevou a Selic de 10,25% para 10,75%. Nos meses seguintes a taxa permaneceu estável.
Após o término da reunião, o Banco Central emitiu o seguinte comunicado: "O Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic para 11,25% a.a., sem viés, dando início a um processo de ajuste da taxa básica de juros, cujos efeitos, somados aos de ações macroprudenciais, contribuirão para que a inflação convirja para a trajetória de metas."
A decisão do Banco Central em elevar a Selic para 11,25% ao ano isola o Brasil na liderança dos países com os juros mais altos do mundo. Descontada a inflação projetada para os próximos 12 meses, os juros reais atuais chegam a 5,5% ao ano. Em um distante segundo lugar vem a Austrália, com 1,9% ao ano.
Uma simulação feita pelo economista Jason Vieira, da corretora Cruzeiro do Sul, para que o país deixasse o topo do ranking, seria preciso que o Banco Central realizasse um corte de 3,50 pontos percentuais, levando a Selic a 7,75% ao ano. Esta operação levaria o país ao terceiro lugar, pagando juros reais de 1,9% ao ano, descontada a inflação dos últimos 12 meses.
A tabela abaixo mostra quais são os 10 maiores pagadores de juros reais do mundo, descontada a inflação projetada para os próximos 12 meses:
Ranking | País | Juro ano |
1 | Brasil | 5,5% |
2 | Austrália | 1,9% |
3 | África do Sul | 1,8% |
4 | Hungria | 1,0% |
5 | Filipinas | 1,0% |
6 | Polônia | 0,8% |
7 | Malásia | 0,7% |
8 | China | 0,7% |
9 | Taiwan | 0,4% |
10 | Chile | 0,3% |
Nenhum comentário:
Postar um comentário