Cientistas usam nanotecnologia para criar telas grandes com a mesma tecnologia OLED presente nos pequenos displays de smartphones. O novo transistor criado pelos pesquisadores da Universidade da Flórida poderia revolucionar as indústrias de TVs e laptops eliminando a barreira que impede que a tecnologia seja usada nestes equipamentos.
A OLED usa menos energia, cria uma imagem mais brilhante e não tem os problemas de ângulo de visão dos pixels do LCD – que, ainda por cima, consomem mais energia. Isso porque, ao contrário das telas de cristal líquido, ela não produz a cor preta bloqueando a luz, mas sim fazendo cada diodo emitir menos luminosidade.
No entanto, apesar de consumirem menos energia, os displays de OLED precisam de um pulso intenso de energia para ativar cada pixel – e é justamente esse o problema ao se tentar construir telas grandes com essa tecnologia.
Os transistores capazes de transmitir tamanha corrente são grandes e ocupam muito espaço. Além disso, conforme a tela aumenta de tamanho, os pixels se tornam cada vez menos uniformes. Foi para tentar resolver esse problema que a equipe liderada pro Andrew Rinzler modificou o design dos transistores usando nanotubos de carbono.
Esses tubos microscópicos permitem que as altas correntes necessárias para os pixels de OLED fluam pelos semicondutores, porém a uma baixa voltagem. Por ser porosa, a camada de nanotubos também permite que a luz passe através dela, de forma que o transistor e a camada emissora de luz podem ficar verticais – e não lado a lado - economizando espaço. Uma vez que o transistor está longe do OLED, há mais área disponível para a emissão de luz,o que melhora a qualidade dos pixels.
Em estudo publicado na Science, os pesquisadores explicam como o aparelho libera a mesma quantidade de luz, porém com menor consumo de energia. Além disso, por trabalhar em voltagem mais baixa, o sistema tende a durar mais tempo.
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