Charge: Débora Vaz |
São Paulo – Os bancários
deflagraram greve nacional por tempo indeterminado, a partir desta terça-feira (27).
De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro
(Contraf), a paralisação tem o objetivo de pressionar a Federação Nacional dos Bancos
(Fenaban) a retomar as negociações e apresentar uma proposta que atenda às
reivindicações da categoria. A greve atingirá bancos públicos e privados.
A decisão foi tomada em
assembleias realizadas na noite desta segunda-feira (26) pelos Sindicatos dos
Bancários de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Brasília, Porto Alegre, Curitiba,
Campo Grande, Mato Grosso, da Paraíba, de Alagoas, do Ceará, do Piauí, Espírito
Santo, de Campinas, Piracicaba, Juiz de Fora, Dourados e Vitória da Conquista,
conforme levantamento feito até as 20h30.
“Esperamos que a força da greve
faça com que os bancos apresentem uma proposta que garanta emprego decente aos
bancários. Com lucros acima de R$ 27,4 bilhões obtidos somente no primeiro
semestre deste ano, os bancos têm todas as condições de atender as
reivindicações da categoria, de modo a valorizar o trabalhador, distribuir
renda, reduzir desigualdades e contribuir para o desenvolvimento do país”,
disse Carlos Cordeiro, presidente da Contraf.
Os bancos ofereceram reajuste a
todos os salários, pisos salariais, benefícios e participação nos lucros e
resultados (PLR) de 8% a partir de 1º de setembro de 2011. Já os bancários
reivindicam 12,8% de reajuste, sendo 5% de ganho real, e aumento do piso para
R$ 2.297,51 (segundo os trabalhadores, pela proposta da Fenaban, o piso subiria
para R$ 1.350,00). O PLR pedido é de três salários acrescidos de R$ 4,5 mil.
Em nota, a Fenaban diz que a
proposta dos bancos contempla pelo oitavo ano consecutivo correção de salário
com aumento real e inclui pisos salariais elevados para uma jornada reduzida. A
entidade ressalta que se manteve aberta ao diálogo e apresentou duas propostas
econômicas em apenas uma semana. “Por isso, a iminente possibilidade de greve é
considerada fora de propósito”. “A Fenaban avalia que qualquer atitude que
dificulte o atendimento aos usuários é condenável, principalmente quando a
negociação pode continuar e evitar qualquer paralisação”.
Fonte:
Agência Brasil
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