A atual administração do Banco PanAmericano divulgou na madrugada desta quarta-feira (16) um rombo da ordem de 4,3 bilhões de reais em seu balanço do ano passado. As perdas iniciais foram recalculadas com a ajuda de consultores externos, que encontraram mais 1,8 bilhão de reais até então ignorados, o que eleva a dívida aos 4,3 bi.
O Grupo Silvio Santos vendeu o PanAmericano ao BTG Pactual no último dia 31 de janeiro. A negociação foi acertada em 450 milhões de reais. O PanAmericano deveria ter divulgado o balanço do terceiro trimestre em 12 de novembro. No entanto, três dias antes, a diretoria do banco comunicou ao mercado que havia feito um acordo com o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para receber a quantia de 2,5 bilhões de reais usada para cobrir o rombo. O banco atrasou a divulgação do balanço em três meses.
O Grupo Silvio Santos vendeu o PanAmericano ao BTG Pactual no último dia 31 de janeiro. A negociação foi acertada em 450 milhões de reais. O PanAmericano deveria ter divulgado o balanço do terceiro trimestre em 12 de novembro. No entanto, três dias antes, a diretoria do banco comunicou ao mercado que havia feito um acordo com o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para receber a quantia de 2,5 bilhões de reais usada para cobrir o rombo. O banco atrasou a divulgação do balanço em três meses.
Negociação
Com a assinatura do contrato de venda do banco, Silvio Santos apresentará ao FGC uma espécie de titulo recebível garantindo que o BTG Pactual saldará a dívida total até o ano de 2028, a juros pré-fixados. Tal dívida, no entanto, não é de 3,8 bilhões de reais, como a lógica atestaria. Se for paga agora, será de ‘apenas’ 450 milhões de reais.
Se for paga em 2028, terá o valor máximo de 3,8 bilhões de reais. “Isso significa que, se o BTG quiser saldar essa dívida já, o FGC terá de arcar com a diferença”, afirma uma fonte que acompanhou a operação.
Em contrapartida, estão sendo acertados junto ao Banco Central os termos de um acordo que obriga o BTG e a Caixa a fazerem significativos aportes financeiros periódicos para garantir a liquidez e a saúde da instituição. Como exemplo, a Caixa anunciou que, no curto prazo, irá adquirir direitos creditórios e aplicará em depósitos interfinanceiros do banco - uma forma de injetar recursos. No final do dia, todos saíram ganhando, com exceção do FGC.
O BTG, que adquiriu um banco com 3,8 bilhões de reais em caixa por 450 milhões de reais; a Caixa, que não teve prejuízo algum com o rombo, a não ser a desvalorização (reversível) de suas ações; e Silvio Santos, que entregou ao mercado um banco quebrado e se livrou completamente de qualquer dívida.
Já o FGC corre o risco de amargar um prejuízo de até 3,35 bilhões de reais - caso o BTG resolva saldar sua dívida o quanto antes. O que, diante do patrimônio atual de 5,6 bilhões de reais do banco de André Esteves, não seria um cenário improvável.
Fonte: Exame.com
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