Impostômetro

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Grupo Estácio adquiriu FAL por R$ 12,5 milhões

O grupo Estácio anunciou ontem a aquisição da Faculdade de Natal (FAL), após um ano e meio de negociação. A cifra investida foi de R$ 12,5 milhões, com parte do pagamento para os sócios e outra parte em assunção de obrigações. Assim, a Estácio passará a contabilizar 4 mil alunos e 185 professores, com aulas em quatro campi distribuídos na capital potiguar.
Esta é a segunda negociação envolvendo uma grande faculdade privada de Natal, ao longo de cinco anos. Em 2007, a Laureate adquiriu 60% das ações da Universidade Potiguar (UnP).
A Estácio já está presente na cidade desde 2002, através da Faculdade Estácio de Natal (FEN), antiga Câmara Cascudo. E, para representantes da companhia, a transação representa um crescimento importante em Natal, considerada uma importante capital nordestina. De acordo com o diretor de relações institucionais da Estácio, João Barroso, o interesse em Natal surgiu por ser uma das principais capitais das regiões Norte e Nordeste, que constituem o mercado educacional com maior crescimento dentro do Brasil.
Barroso diz que, para os alunos da instituição de ensino natalense, a compra pela Estácio dará acesso a diversas vantagens, como ter a oportunidade de se candidatar a vagas de estágio e emprego em diferentes estados brasileiros. “Há um plano de estágio e emprego nacional, que qualquer aluno da instituição pode se candidatar e através do qual foram oferecidas, somente no ano passado, 120 mil vagas. Assim, ele pode ter acesso a um estágio em São Paulo, Florianópolis ou Goiânia, por exemplo”, explica.
A FAL possui hoje 2,4 mil alunos matriculados em seus cursos presenciais de graduação e pós-graduação, divididos em três unidades na capital do Rio Grande do Norte. “E eles não sentirão qualquer mudança imediata, já que a direção, a coordenação e os professores continuarão os mesmos. Não haverá modificação na área acadêmica ao longo do primeiro semestre deste ano, que teve início em 1º de fevereiro”, garante o diretor geral da FAL, Eduardo Holder.
O diretor da Faculdade de Natal conta que a negociação correu de forma tranquila e foi realizada com o intuito de formar uma parceria, para que haja continuidade no trabalho que já vem sendo desenvolvido na instituição. “Só que acrescentando na estrutura e na qualidade do ensino. Daqui para a frente, deverá haver uma melhoria nas salas de aula, laboratórios, sistema de informática e material didático”, completa Holder.

Fonte: Tribuna do Norte - Reportagem: Sílvia Ribeiro Dantas

O que é luxo para a classe C?

Tudo é luxo para a classe C. Pelo menos é o que diz uma pesquisa realizada pela Franceschini Análise de Mercado para conceituar o tema abordado no livro Luxo for All, de José Luiz Tejon, Roberto Panzarini e Victor Megido. O levantamento teve como objetivo registrar o que os consumidores emergentes pensam do luxo e indicar caminhos para as empresas que desejam aproveitar o potencial deste segmento.
Marcas como C&A, Riachuello, Carrefour e Marisa foram algumas das mais citadas pelos entrevistados. O estudo, no entanto, indicou que 64% dos consumidores da classe C não têm nenhuma marca de vestuário na memória que esteja ligada a luxo, assim como 62% também não citaram uma loja específica. Os números indicam as oportunidades para as empresas que souberem encantar esses clientes.
Apesar do mercado vivenciar movimentos de companhias como O Boticário, que lança a marca de cosméticos Eudora investindo principalmente em venda direta para atrair um público diferente da marca mãe, poucas são as companhias que entenderam a necessidade de oferecer o “luxo” que a classe C deseja. Outro exemplo recente é o de Marisa, que lançou a bandeira Marisa Lingerie, sem mudar o foco na classe C, com pontos de venda que pretendem oferecer a melhor experiência de compra possível, orientação e produtos diferenciados.

Metade não associa luxo à ostentação
Em muitos casos, é preciso repensar a estratégia das companhias ou, até mesmo, criar novas marcas, como fez O Boticário. “As empresas terão que desenhar outro tipo de negócio. Casas Bahia e Marabraz são redes que ficaram enormes respeitando o consumidor, com outra forma de cadastro, de lidar com o cliente, tratar o atraso e abdicar dos juros. Uma atitude às vezes mais respeitosa”, diz Adélia Franceschini, sócio-diretora da Franceschini Análise de Mercado.
Segundo a pesquisa, no entanto, apenas metade dos entrevistados associam o luxo à representação social do status e da opulência, chamado pelos autores de opolux. O resultado mostra que o caminho para as marcas que querem ser consideradas como luxo para estes consumidores é investir também no lado comportamental e no estilo de vida, e não apenas no material e na ostentação.
Do total, 25% não souberam definir o que seria luxo para si. Já 17% citaram o egolux, luxo íntimo, baseado numa escolha subjetiva, como uma boa casa, contas pagas e poder descansar. Outros 6% citaram ainda o luxo filosófico, que valoriza elementos como a consciência, o desapego, o bom gosto e ter saúde. Mas, para 27% deles, luxo é ter um bom carro, poder viajar, ter conforto e ir a um restaurante com a família, o poplux.

Excelência, Estética, Experiência e Ética
E é no poplux que reside a oportunidade de reposicionamento e estratégia das marcas. “O luxo para a classe C é quase a idealização de uma vida confortável. Esses consumidores têm uma realidade tão oprimida por necessidades básicas, que luxo é a ideia de uma casa boa, um carro novo, entrar no supermercado e comprar de tudo um pouco. Coisas absolutamente adquiridas pela classe média, mas que na classe C passam a ser um sonho, algo quase inatingível”, acredita Adélia.
Por isso terão destaque as marcas que conseguirem tocar minimamente no ideário da classe C. A estratégia deve ter algum ponto de contato com este consumidor. Esta é a diferença entre redes como Carrefour e Walmart, por exemplo. “O Walmart não tem traço de percepção da classe C. Talvez por ser uma rede mais recente, ter um nome estranho para o brasileiro, pela própria estratégia de comunicação, a localização e todos os P’s de marketing que pesam na percepção – ou não percepção – da marca”, ressalta a executiva.
Para as empresas que desejam praticar o “novo luxo”, o livro – lançado pela Editora Gente – aborda os 4 E’s que podem contribuir para a estratégia com foco nas sociedades emergentes: Excelência, Estética, Experiência e Ética. O primeiro deles refere-se ao comprometimento com produtos e serviços de qualidade assegurada. “Com um problema de renda maior, os consumidores buscam produtos excelentes, corretos, que durem. Isso vai contra a ideia de que, para a base da população, qualquer porcaria serve. O povo está aprendendo a escolher e é necessário ter excelência”, conta José Luiz Tejon.
A estética também é essencial, pois clientes emergentes querem o belo, como lojas com arquitetura aconchegante e produtos com design diferente. Já a experiência é o ponto de partida para a venda, os consumidores devem ser acolhidos, tratados com dignidade para que se sintam incluídos. Por fim, a ética é fundamental para garantir um relacionamento sustentável, duradouro e buscar conexões de longo prazo entre marca e cliente.

Novos 4 P’s
Na abordagem do luxo para a classe emergente, os 4 P’s também mudaram. De acordo com o conceito do livro, os executivos devem levar em conta os novos 4 P’s. São eles Pessoas, Paixões, Produtos Cultuados e Pontos de Encontro. “Pessoas”, porque o olhar de atendimento deve ser outro, conter uma visão humanista, antropológica, compreendendo que, mais do que um consumidor, existe uma pessoa com anseios, angústias e desejos, que espera ser atendida.
A “Paixão” é o que vai engajar os clientes. As empresas devem ser apaixonadas pelo que fazem de melhor para transformá-lo em algo importante para as demais pessoas, envolvê-los na causa, seja na produção de bens de consumo ou na prestação de serviços. Consequentemente, os produtos devem ser cultuados, representar satisfação e cultivar o crescimento da autoestima de quem os consome.
“É preciso colocar os produtos em situações inteligentes de merchandising, como eventos. Eles devem fazer parte da cultura e dos valores humanos que precisam ser trabalhados pelas marcas. Já o último P refere-se ao entendimento de que as lojas, muito mais do que vender, são pontos de encontro. As pessoas marcam casamentos em unidades da Apple. Produtos, serviços e lojas são pontos de relacionamento que cultivam redes físicas ou virtuais”, explica Tejon.

Fonte: Exame.com

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Entendendo os Índices de Mercado – INCC

Concebido com a finalidade de aferir a evolução dos custos de construções habitacionais, configurou-se como o primeiro índice oficial de custo da construção civil no país. Foi divulgado pela primeira vez em 1950, mas sua série histórica retroage a janeiro de 1944. De inicio, o índice cobria apenas a cidade do Rio de Janeiro, então capital federal e sua sigla era ICC.
Nas décadas seguintes, a atividade econômica descentralizou-se e o IBRE passou a acompanhar os custos da construção em outras localidades. Além disso, em vista das inovações introduzidas nos estilos, gabaritos e técnicas de construção, o ICC teve que incorporar novos produtos e especialidades de mão-de-obra.
Em fevereiro de 1985, para efeito de cálculo do IGP, o ICC – Índice de Custo da Construção deu lugar ao INCC – Índice Nacional de Custo da Construção, índice formado a partir de preços levantados em oito capitais estaduais. No processo de ampliação de cobertura, o INCC chegou a pesquisar preços em 20 capitais. Atualmente a coleta é feita em 7 capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre e Brasília). O índice é divulgado nas versões 10, M e DI.
Em suma, o INCC apura a evolução dos custos no setor da construção, um dos termômetros do nível de atividade da economia.

Abrangência Setorial: Materiais e equipamentos, serviços e mão-de-obra.

Período de Coleta: INCC-DI, pesquisado entre o 1º e o último dia do mês de referência; INCC-M, entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência; INCC-10, entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.

Índices atuais: INCC-10: 0,42%; INCC-DI: 0,41% e INCC-M 2º Decênio: 0,42%. Índices em 21/02/2011.

Fonte: FGV

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Caixa se livra de problemas com salvamento do PanAmericano

A operação de resgate do Panamericano não salvou apenas o pescoço de Silvio Santos, que escapou de perder boa parte de sua fortuna se o banco quebrasse. Ela também livrou a Caixa Econômica Federal, que se tornara sócia do banco, de um rosário de problemas.
Caso o Panamericano quebrasse, além de perder os R$ 740 milhões aplicados na compra do banco, a Caixa provavelmente ficaria exposta a uma chuva de processos movidos por pessoas e empresas que se sentissem prejudicadas com a falência - assim como Silvio. Por ser um banco do governo, no entanto, a Caixa ainda poderia ser acionada por qualquer cidadão.
Diretores e membros do Conselho de Administração indicados pela Caixa teriam seus bens imediatamente bloqueados por força de lei - ainda que não estivessem no banco quando foi produzido o rombo de R$ 4,3 bilhões. Entre eles, Maria Fernanda Ramos Coelho, presidente da Caixa, que também preside o Conselho do Panamericano.
“Seria um custo político muito grande no início de um governo”, diz um advogado especializado em direito bancário. Consultada sobre as consequências de uma eventual quebra do Panamericano, a Caixa enviou uma nota em que descreve procedimentos contábeis que tomará daqui para a frente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

PanAmericano confirma rombo de 4,3 bilhões de reais

A atual administração do Banco PanAmericano divulgou na madrugada desta quarta-feira (16) um rombo da ordem de 4,3 bilhões de reais em seu balanço do ano passado. As perdas iniciais foram recalculadas com a ajuda de consultores externos, que encontraram mais 1,8 bilhão de reais até então ignorados, o que eleva a dívida aos 4,3 bi.
O Grupo Silvio Santos vendeu o PanAmericano ao BTG Pactual no último dia 31 de janeiro. A negociação foi acertada em 450 milhões de reais. O PanAmericano deveria ter divulgado o balanço do terceiro trimestre em 12 de novembro. No entanto, três dias antes, a diretoria do banco comunicou ao mercado que havia feito um acordo com o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para receber a quantia de 2,5 bilhões de reais usada para cobrir o rombo. O banco atrasou a divulgação do balanço em três meses.

Negociação
Com a assinatura do contrato de venda do banco, Silvio Santos apresentará ao FGC uma espécie de titulo recebível garantindo que o BTG Pactual saldará a dívida total até o ano de 2028, a juros pré-fixados. Tal dívida, no entanto, não é de 3,8 bilhões de reais, como a lógica atestaria. Se for paga agora, será de ‘apenas’ 450 milhões de reais.
Se for paga em 2028, terá o valor máximo de 3,8 bilhões de reais. “Isso significa que, se o BTG quiser saldar essa dívida já, o FGC terá de arcar com a diferença”, afirma uma fonte que acompanhou a operação.
Em contrapartida, estão sendo acertados junto ao Banco Central os termos de um acordo que obriga o BTG e a Caixa a fazerem significativos aportes financeiros periódicos para garantir a liquidez e a saúde da instituição. Como exemplo, a Caixa anunciou que, no curto prazo, irá adquirir direitos creditórios e aplicará em depósitos interfinanceiros do banco - uma forma de injetar recursos. No final do dia, todos saíram ganhando, com exceção do FGC.
O BTG, que adquiriu um banco com 3,8 bilhões de reais em caixa por 450 milhões de reais; a Caixa, que não teve prejuízo algum com o rombo, a não ser a desvalorização (reversível) de suas ações; e Silvio Santos, que entregou ao mercado um banco quebrado e se livrou completamente de qualquer dívida.
Já o FGC corre o risco de amargar um prejuízo de até 3,35 bilhões de reais - caso o BTG resolva saldar sua dívida o quanto antes. O que, diante do patrimônio atual de 5,6 bilhões de reais do banco de André Esteves, não seria um cenário improvável.

Fonte: Exame.com 

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Preço do combustível aumenta no RN

De acordo com reportagem do jornal televisivo RNTV, da InterTV Cabugi, os preços dos combustíveis aumentaram de ontem para hoje, sem nenhum aviso prévio à população. Muitos foram pegos de surpresa ao irem abastecer seus carros. Vamos fazer uma análise mais intensa sobre esse aumento!
O valor da Gasolina, combustível mais utilizado pelos veículos automotores, era de R$ 2,69 na grande maioria dos postos, hoje o valor passou para R$ 2,79, o que equivale R$ 0,10 de aumento, se pensar em valor percentual esse valor vai para aproximadamente 3,6%, percentual aceitável, caso o aumento fosse apenas uma vez ao ano.
Mas o que essa diferença causa de impacto no bolso de um proprietário de veículo em um mês? Vamos analisar o consumo de combustível de um carro popular, o qual é responsável por grande maioria dos veículos que circulam em nossa cidade. O tanque de combustível de um carro popular é de 60 litros, para encher o tanque de combustível, o proprietário, que gastava R$ 161,40, terá que desembolsar R$ 167,40, contando que uma pessoa que mora em Nova Parnamirim e trabalha no Centro de Natal precisa encher o tanque pelo menos 3 vezes ao mês, esse valor para a ser de R$ 502,20.
Já no caso do Etanol a disparidade é ainda maior, até ontem o valor do combustível era de R$ 1,99 e hoje está valendo R$ 2,18, ou seja, R$ 0,19 centavos a mais, equivalente a 8,7% de aumento. Ao compararmos o mesmo caso, da Gasolina, como o Etanol tem um consumo maior, o proprietário abastece aproximadamente 4 vezes, para cada tanque o desembolso é de R$ 130,80, o que equivale ao final do mês R$ 523,20.
O valor da diferença não causaria um impacto muito grande no bolso da população, se o valor do combustível no estado do RN não fosse um dos mais altos praticados no Nordeste. Outro ponto que é de se estranhar, é que em algumas regiões os valores dos combustíveis sempre são os mesmos, mesmo em postos que não são dos mesmos donos e bandeiras diferentes.
Qual o segredo disso? Será que existe cartel em nossa cidade?

Conheça como funcionam os sites de compras coletivas

Todos nós internautas que participamos das grandes redes sociais, como Facebook, Orkut, Twitter, entre outros, presenciamos a crescente demanda dos sites de compras coletivas no Brasil e principalmente em nosso contexto local, no caso Natal, e agora já começam em outras cidades do RN como Mossoró, que esta semana houve o lançamento de um desses sites na cidade.
Porém, nem todos sabem como funciona esses sites, alguns empresários tem vontade de anunciar promoções nesses sites, mas como o desconhecido gera um certo receio ou medo, não o fazem. Sendo assim, o blog Cipriano Medeiros vem mostrar como funciona os sites de Compras Coletivas.

Primeiro, o site de compras coletivas e a empresa ofertante fecham um acordo. Negociado o desconto, a oferta é lançada ao consumidor. Cada oferta tem uma quantidade mínima de vendas para que possa ser ativada. O cliente adquire o cupom e repassa o pagamento à empresa de vendas. Esta, por sua vez, retira a parte que lhe cabe no negócio e, quando o cupom for usado, repassa o restante à empresa ofertante.
“É risco zero para cliente e empresa de compras coletivas. O risco é todo da empresa que oferta o desconto. É importante levar em consideração o retorno financeiro da negociação”, enfatiza Otomar Cardozo.
Por exemplo, em um desconto de 50% sobre o serviço oferecido, se o site retiver uma comissão de 50%, a empresa receberá tão somente o equivalente a 25% do valor do produto. Ou seja, o consumidor pagou metade do produto, mas a empresa ofertante só recebeu 25% dele, efetivamente abaixo do custo de produção.
Por isso, alguns cuidados devem ser lembrados para que a “febre” das compras coletivas não permaneça exclusivamente ou essencialmente vantajosa apenas para os sites:
1. Avaliar o retorno financeiro do investimento: receita final efetiva versus custo de produção;
2. Conhecer os resultados anteriores de empresas do mesmo segmento;
3. Oferecer produtos e/ou serviços com maior valor agregado;
4. Conhecer a (nova) clientela;
5. Estar preparado para um eventual grande volume de compras, dilatado em prazo compatível.
“É sempre importante ressaltar que, independentemente da “febre” das compras coletivas, estas devem ser entendidas como um novo marketing da atualidade digital e podem gerar um bom negócio”, concluiu o economista Otomar Cardoso.

Fonte: Nominuto.com

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Entendendo os índices de mercado - IGP

IGP – Índices Gerais de Preços
O IGP foi concebido no final dos anos de 1940 para ser uma medida abrangente do movimento de preços. Entendia-se por abrangente um índice que englobasse não apenas diferentes atividades como também etapas distintas do processo produtivo. Construído dessa forma, o IGP poderia ser usado como deflator do índice de evolução dos negócios, daí resultando um indicador mensal do nível de atividade econômica.
O IGP é a média aritmética ponderada de três outros índices de preços. São eles:

• Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA),
• Índice de Preços ao Consumidor (IPC),
• Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).

Os pesos de cada um dos índices componentes correspondem a parcelas da despesa interna bruta, calculadas com base nas Contas Nacionais – resultando na seguinte distribuição:

• 60% para o IPA,
• 30% para o IPC,
• 10% para o INCC.

O IGP desempenha três funções. Primeiramente, é um indicador macroeconômico que representa a evolução do nível de preços. Uma segunda função é a de deflator de valores nominais de abrangência compatível com sua composição, como a receita tributária ou o consumo intermediário no âmbito das contas nacionais. Em terceiro lugar, é usado como referência para a correção de preços e valores contratuais. O IGP-DI é o indexador das dívidas dos Estados com a União e o IGP-M corrige, juntamente com outros parâmetros, contratos de fornecimento de energia elétrica.

Abrangência Setorial: Indústria, Construção Civil, Agricultura, Comércio Varejista e Serviços prestados às famílias.

Período de Coleta:
O IGP possui três versões com coleta de preços encadeada, o que confere ao indicador acompanhamento decendial da inflação ao produtor, consumidor e construção civil. Os períodos de coleta para as versões do IGP são: IGP-10 (11 a 10), IGP-M (21 a 20) e IGP-DI (1 a 30).

Índices Atuais: IGP-10: 1.03%; IGP-DI: 0,98% e IGP-M 1º Decênio: 0,66%. Índices em 17/02/2010

Fonte: FGV

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Compras coletivas faturam mais de R$ 1 milhão no RN

Os sites de compras coletivas chegaram de mansinho, ganharam público e se transformaram em uma verdadeira febre no Brasil. E no Rio Grande do Norte não foi diferente. Desde a primeira oferta, lançada ao público natalense em setembro do ano passado, até o final de janeiro deste ano, já são 164 ofertas, 
mais de 74 mil cupons vendidos e um total comercializado superior a R$ 1 milhão.
Os dados fazem parte de uma pesquisa realizada pelo Observatório do Rio Grande do Norte. O trabalho considerou o período de 26 de setembro, quando foi ofertada a primeira oportunidade em Natal, até o dia 31 de janeiro deste ano. Em pouco mais de quatro meses, foram exatamente 164 ofertas, 74.770 cupons vendidos, R$ 1.180.493,99 comercializados e R$ 15,79 de venda média.
Segundo o responsável pelo Observatório, o economista Otomar Cardoso, as compras coletivas entraram em boa sintonia com o mercado consumidor potiguar. “Apesar de ter demorado um pouco a chegar ao mercado local, essa é uma modalidade de compra que tem conquistado inúmeros clientes norte-riograndenses. O apelo ao consumidor tem funcionado e produzido ótimos resultados para as empresas de compras coletivas”, destacou o economista.
Para se ter uma ideia do aquecimento deste mercado, ele é responsável hoje por uma movimentação diária de mais de R$ 10 mil. E isto apenas considerando os sete maiores sites do ramo.
Ranking de empresas de compras coletivas com ofertas concentradas em Natal (até 31 de janeiro de 2011):

Ordem
Empresa
Oferta
Cupons Vendidos
Total de Vendas
Venda Média
Peixe Urbano
49
55.659
716.307,80
12,87
Groupon
17
4.627
138.271,80
29,88
Imperdível
30
4.938
119.525,90
24,21
Deguste Aqui
28
5.639
106.864,25
18,95
Natal Urbano
10
1.458
54.688,50
37,51
Tá na Iska
18
1.577
24.816,30
15,74
Pé de Desconto
12
872
20.019,44
22,96
Total
------
164
74.770
1.180.493,99
15,79

Entre as ofertas, descontos imperdíveis que fazem qualquer produto ou serviço parecer a melhor compra da sua vida. Este é o apelo de marketing que tem feito o sucesso destas empresas.
Sucesso alavancado, principalmente, pelo setor de serviços, que abrange os quatro primeiros lugares no ranking dos principais itens ofertados. Alimentação, cuidados pessoais, academia e lazer respondem, sozinhos, por 83% das ofertas anunciadas até o final de janeiro.
Apenas no item Alimentação, distribuído nos subitens Restaurantes, Bar/Petisco e Lanches, as compras somaram mais de R$ 429 mil (uma média comercializada de R$ 4mil por dia).

Principais itens de serviços e produtos ofertados pelas empresas de compras coletivas  com oferta em Natal (até 31 de janeiro de 2011):
Ordem
Grupo
Valor Total (R$)
Itens
Valor Parcial (R$)
Ofertas
Alimentação
514.324,25
Restaurante
282.147,24
33,00
Lanche
155.071,29
26,00
Bar/Petisco
77.105,72
20,00
Cuidados Pessoais
407.591,50
Estética
242.047,60
26,00
Cabelo
91.945,90
13,00
Spa
43.231,00
3,00
Podologia/Manicure
30.367,00
2,00
Academia
96.787,20
Academia
96.787,20
6,00
Lazer
47.953,20
Dança, Paintball, Show
47.953,20
7,00
Veículo
32.525,54
Acessório, Manutenção
32.525,54
8,00
Foto
20.093,50
Foto
20.093,50
4,00
Saúde
6.997,20
Odontologia
6.997,20
1,00
Educação
3.360,00
Qualificação, Cursinho
3.360,00
2,00
---
Diversos
23.107,20
Diversos
23.107,20
13,00
A pesquisa mostra ainda que é o público feminino que tem o maior gasto por oferta, com uma média de R$ 55,88 por cupom. No entanto, é o masculino que atende ao maior número de oportunidades (8.360 cupons) e, por outro lado, o menos propenso a gastar, com uma média de R$ 28,76. Em outras palavras, as mulheres compram menos e mais caro, enquanto que os homens compram mais cupons, mas com valores bem inferiores aos registrados no público feminino.
“O que a gente observa é que os homens gastam mais com serviços de alimentação e para veículos. O público feminino, por sua vez, se sente mais tentado nas ofertas de cuidados pessoais”, explicou o economista Otomar Cardoso.
Já as ofertas que atendem aos públicos masculino e feminino, conjuntamente, mostram melhor desempenho. Já foram 50.016 aquisições e um retorno financeiro superior aos R$ 478 mil para as empresas de compras coletivas.
“Não é difícil entender porque esse tipo de comércio tem feito sucesso. Afinal, trata-se de um bom negócio para todos: primeiro, os sites de compras, que negociam os descontos e cobram uma bela comissão sobre os negócios realizados; segundo as empresas locais, que têm uma propaganda lançada em vários e-mails ativos; e por último, e não menos vantajoso, os consumidores, que desfrutam de um desconto excepcional”, explicou Otomar Cardoso.
Mas, quem pensa que este mercado é feito apenas de vantagens, se engana. O economista alerta que as empresas prestadoras dos serviços ou produtos devem ter atenção redobrada para não sair no prejuízo.
Quanto ao marketing e seus efeitos diretos para as empresas, os resultados têm sido geralmente positivos. As críticas recaem sobre a possibilidade da empresa ofertante simplesmente não atrair novos clientes.
“Ora, uma empresa que entra nesta modalidade deve buscar expandir seu mercado, fazer novos clientes. O risco, neste caso, é de que a empresa acabe atraindo apenas aqueles interessados exclusivamente na oferta, ou seja, consumidores que não vão voltar. E não somente isso. O grande risco é promover um mega-desconto para cliente tradicionais, que já estavam dispostos a pagar o preço regular do produto”, ponderou o economista.
Neste caso, a regra para as empresas é utilizar os sites de compras coletivas apenas como uma porta de entrada para novos clientes. “É preciso que as empresas tenham um plano de marketing que vá além de lançar a oferta. É preciso fazer deste comprador, atraído pelo site de compras, um potencial cliente e, futuramente, um cliente mesmo”, destacou Otomar Cardoso.

Fonte: Nominuto.com