Rio de Janeiro – O aumento médio
de 40% registrado nos últimos cinco anos no comércio eletrônico tem exigido a
ampliação da segurança nas transações efetuadas na esfera virtual, não só para
os consumidores, como para as operadoras do setor, alertaram nesta sexta-feira (4)
especialistas que participam da décima oitava edição do Fórum Seprorj.
O evento é promovido pelo Sindicato das
Empresas de Informática do Estado do Rio de Janeiro (Seprorj). Participam
representantes das empresas de tecnologia da informação, de operadoras e
especialistas da área jurídica. Segundo o presidente do sindicato, Benito
Paret, o volume de operações na área de comércio eletrônico no país, estimado
este ano em torno de R$ 40 bilhões, justifica a preocupação do setor em ampliar
a segurança nas vendas para clientes e operadoras.
Ele destacou a importância de se ter mais
controle sobre as operações comerciais feitas na internet. “E controles são em
cima de você ter verificações para aquilo que vai fazer”. A maior parte desses
controles está ligada ao processo de segurança, de modo a preservar o sigilo
das informações fornecidas pelos consumidores, que, em geral, estão vinculadas
ao cartão de crédito.
Para o presidente do Seprorj, é importante que
sejam discutidas mudanças no Código de Defesa do Consumidor (CDC) em função do
comércio eletrônico, área que apresenta tendência de crescimento tanto no que
diz respeito ao número de operações quanto ao valor dos produtos
comercializados. “Antigamente, você comprava livros e CDs. Hoje, compra
geladeira, máquina de lavar, computador”.
Paret acredita que a ascensão de pessoas à
classe média, observada no Brasil recentemente, contribui para elevar o número
de usuários do comércio eletrônico, também conhecido como e-commerce.
Até o final do ano, deverão ser vendidos no
país 7 milhões de computadores, destacou. “A popularização da internet confirma
a tendência de aumento do comércio eletrônico. Portanto, isso é algo que tem de
ser bastante discutido”. Nesse debate, Paret destacou a importância das
questões legal e estratégica, na parte tecnológica, que está ligada aos meios
de pagamento. “Temos que discutir a questão da logística da entrega e também da
logística de vender o que você tem. Um dos problemas que nós temos tido é que
você vende o que não tem. O sistema está meio fechado. A parte tecnológica
precisa, realmente, ser aprofundada”.
Na opinião de Paret, a projeção de que haverá
no Brasil, nos próximos três ou quatro anos, cerca de 40 milhões de usuários do
comércio eletrônico, torna a questão “bastante assustadora, se não se tomar
cuidado”. De acordo com dados do Seprorj, somente o conglomerado B2W, que reúne
as lojas virtuais Americanas.com, Submarino e Shoptime, registrou prejuízo de
R$ 22,5 milhões no primeiro semestre deste ano, além de dívidas relacionadas a
problemas com entregas não realizadas em dezembro do ano passado.
Fonte:
Agência Brasil
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