Janeiro, o mês mais caro do ano

Janeiro é o mês matrículas, material escolar, IPTU e também de acerto de contas com despesas de veículos, como seguro obrigatório, licenciamento, IPVA. Em 2010 mais de 3,5 milhões de carros novos começaram a circular nas cidades brasileiras, só em São Paulo a frota passou de 20,1 milhões de veículos em 2009 para 21,4 milhões em 2010.

2010 foi o ano da festa dos consumidores de veículos novos, agora chega a hora da verdade, hora de pagar a conta, janeiro é o mês de calcular os preços de taxas e impostos, e com o recorde de vendas de carros em 2010 vai mexer no bolso de quem comprou um carro zero quilômetro e também de quem manteve o usado.

Taxas

A taxa do licenciamento subiu, o valor varia de uma Estado para outro, em São Paulo o licenciamento custará R$ 59,33, ou seja, 6,3% a mais que em 2010, em Minas Gerais o aumento ainda é maior chegando a 9,5%, valor de R$ 62,17, já os cariocas irão desembolsar R$ 90,30, alta de 5,8%.

O seguro obrigatório, DPVAT também subiu, registrando alta de 7,83%. O do automóvel passou de R$ 93,72 em 2010, para R$ 101,16 em 2011. Porém, o DPVAT pode ser acionado por qualquer vítima de trânsito, nos casos de morte ou invalidez o valor do seguro é de R$ 13.500,00, e de R$ 2.700,00 para despesas médicas. A cada ano mais gente procura este “benefício” à família de quem sofre algum tipo de acidente. Isso se dá pelo maior conhecimento das pessoas e também pela divulgação na mídia pelas próprias seguradoras do convênio DPVAT.

Em contra partida, o seguro particular ficou mais barato, isso porque o número de roubos de veículos em 2010 foi bem menor que em 2009. Em 2010 a média do valor da apólice do seguro era de 4,9% do valor do carro, e em 2011 foi para 4,4%. Numa apólice de R$ 30.000,00, por exemplo, o proprietário pagou R$ 1.470,00 em 2010, e este ano pagará R$ 1.320,00.

Outra boa notícia vem do IPVA, os carros novos mais baratos, forçaram para baixo o preço de carros usados, e como o imposto é calculado sobre o valor do carro, o valor a pagar também ficará menor. E o preço pode cair ainda mais, pois a maioria dos Estados concede descontos no pagamento a vista. De acordo com o advogado tributário Anis Kfouri, “se você tem o dinheiro na poupança, convém pagar o imposto a vista, porque a remuneração dos juros da poupança sempre serão inferiores aos descontos concedidos pelos Estados, na média de 3%”.