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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

SEMOB estuda privatização das ruas do comércio de Natal


A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) pretende apresentar na próxima semana o projeto de Estacionamento Eletrônico Rotativo aos comerciantes de Natal. Segundo a Semob o modelo será a solução para que tenha rotatividade de ofertas de vagas de estacionamentos em locais onde a demanda é muito grande, como nos centros comerciais da capital - população e o comércio. A Secretaria pretende ainda realizar Audiências Públicas para apresentar o projeto para a população.
"O processo de implantação dependerá da aprovação dos principais usuários. A solução mais viável e apontada pela Secretaria será esse sistema de estacionamento Rotativo Eletrônico. A partir do momento que você gera oferta e vagas automaticamente. É importante salientar que vamos levar o assunto para discutir com a Câmara de Dirigentes Lojistas porque no meu ponto de vista essa é uma forma de dinamizar o comércio", explicou o secretário adjunto da Semob, Haroldo Azevedo.

Segundo ele há uma grande reclamação sobre vagas públicas. "Na hora que em que se compra um veículo o proprietário acha que é dever do Poder Público ofertar a vaga. A política de transporte sempre vai ser de restrição ao uso dos transportes e de incentivar o uso do transporte público para reduzir o impacto na mobilidade", explicou. Sobre a quantidade de veículo que tem em circulação, Haroldo explicou que  não há obra e investimento público que vão acompanhar esse crescimento.

Sobre a terceirização do processo a Semob informou que a  Prefeitura não pode arcar com as despesas do projeto e por isso será necessário licitar. Segundo a Semob os estudos para o projeto foram tirados de outros lugares que já deram certo. Porém, segundo ele a maioria das cidades utiliza o processo como o antigo Zona Azul, que já existiu aqui em Natal. "Não seria possível criar um novo projeto aqui, nós estamos apenas informatizando", concluiu.

A Semob informou que nos centros comerciais os espaços de carga e descarga dos caminhões que abastecem as lojas também deverão ser terceirizados para que haja a rotatividade e todas lojas possam utilizar o espaço.

COMERCIANTES

O Superintendente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) informou que ainda não recebeu informações do projeto pela Prefeitura e que ainda não foi convidado para a reunião. Sobre o projeto Adelmo informou que sobre o que está sendo discutido até o momento na imprensa a CDL informa que é favorável pela regulamentação das vagas nos estacionamentos em vias públicas, principalmente nos centros comerciais.

"A dificuldade do cliente encontrar vagas perto das lojas  é o grande problema do comércio de rua. Isso é o que diferencia o comércio de rua do comércio de shopping, nos shoppings mais vagas são ofertadas", explicou. Perguntado se a CDL poderá levar propostas para o encontro, Adelmo Freire informou que vai aproveitar a ocasião para entender sobre como será a segurança para o usuário e sobre a cobrança das taxas. "É preciso saber se não haverá cobrança também por parte do flanelinha", explicou.

Fonte: Tribuna do Norte

Do blog: Há alguns anos atrás, já vimos essa novela, que ainda foi tentado ser implantado, mas que não deu certo. Agora volta a questão, será que vale a pena implantar um projeto desse tipo para uma população que não tem o costume ou mesmo a cultura de autoatendimento? E os “flanelinhas”, o que será feito com essas pessoas?
Tudo bem que o projeto de implantação de um estacionamento vertical não é nada barato, e o retorno pode ser de longo prazo, mas pensando num futuro próximo, com o aumento das vendas de veículos a cada ano, não seria melhor a prefeitura investir num projeto desse e deixar as ruas dos centros comerciais como as ruas São José, Romualdo Galvão, que não podem estacionar veículos num determinado espaço de tempo durante o dia? Assim, o trânsito fluía melhor nessas áreas, que, diga-se de passagem, é horrível transitar com qualquer tipo de veículo, e influenciara outros empresários construírem tais estacionamentos.

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