São Paulo - Depois de 21 dias de
greve, os bancários voltam hoje ao trabalho. Assembleias realizadas ontem à
noite em todo o Brasil decidiam pelo fim da paralisação e retomada imediata das
atividades. A maioria dos funcionários aceitou a proposta feita pela Federação
Nacional dos Bancos (Fenaban) de reajuste salarial de 9% (1,5% de aumento real
mais a inflação de 7,4% no período).
De acordo com o Sindicato dos
Bancários de São Paulo, Osasco e Região, a decisão pela aprovação foi unânime
na região. "A aprovação do acordo coroa mais uma campanha vitoriosa dos
bancários", afirmou Carlos Cordeiro, presidente da Confederação Nacional
dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Com a aceitação das
propostas, além do reajuste de 9%, os bancários também conquistaram valorização
do piso da categoria em 12% (4,3%) e melhorias na Participação nos Lucros e
Resultados (PLR).
O acordo estabelece uma regra de
aviso prévio proporcional maior que o determina a nova legislação sobre o tema
(Lei 12.506, de 11 de outubro de 2011), sancionada este mês pela presidente
Dilma Rousseff. Para até cinco anos de trabalho, serão pagos 60 dias de aviso
prévio; de 5 a 10 anos, 75 dias; de 10 a 20 anos; 90 dias; e mais de 20 anos,
120 dias. Pela nova legislação, serão pagos 3 dias adicionais a cada ano
trabalhado, após um ano na empresa. Dessa forma, um funcionário com dez anos de
casa terá direito a aviso prévio de 60 dias; com 20 anos no emprego, esse
trabalhador tem direito a 90 dias de aviso.
O Comando Nacional dos Bancários
também garantiu, junto à federação dos bancos, que não será descontado nenhum
dia dos trabalhadores em greve. Pela proposta da Fenaban, haverá sim a
compensação dos dias parados no máximo até 15 de dezembro. Eventual saldo após
esse período será anistiado.
Ontem, muitos bancários de
diversas cidades do país, especialmente do interior de São Paulo, já começaram
a retornar ao trabalho, segundo informações do presidente da Contraf. As
informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte:
Exame.com
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