Foto: Marco Polo |
As boas práticas adotadas para a produção artesanal de
cachaça orgânica de alambique levaram a Fazenda Extrema a conquistar um dos dez
troféus da final do 9º Prêmio MPE Brasil na categoria Agronegócio. O resultado
foi divulgado na última sexta-feira, em Brasília (DF).
Vinte organizações estavam concorrendo, mas apenas dez sagraram-se vencedoras.
A empresa, instalada no município de Pureza (distante cerca de 50
quilômetros de Natal), subiu ao pódio após desbancar concorrentes da mesma
categoria. A Extrema já havia vencido a etapa potiguar em duas das sete
categorias, Agronegócio e Destaque Responsabilidade Social.
"Estamos muito felizes com mais esse reconhecimento. A conquista desse
prêmio é uma prova de que o nosso modelo de gestão está dentro dos padrões
exigidos pelo mercado, buscando aliar resultados financeiros aliados com
desenvolvimento socioambiental. Chamamos esse tipo de gestão de sistêmica e
passamos a executá-la em nossa fazenda", declara o diretor da Extrema,
Anderson Faheina, que foi à capital federal receber a premiação.
Para o diretor superintendente do Sebrae no Rio Grande do Norte, José Ferreira
de Melo Neto, que participou da solenidade em Brasília, a vitória da Extrema
comprova que as micro e pequenas empresas potiguares estão atingindo um nível
de maturidade também na área de gestão da qualidade, tornando-se mais
competitivas. O superintendente destacou que essa é a segunda vez que uma
empresa do estado é reconhecida na premiação. Em 2009, a Aprimor Consultoria
também foi vencedora nacional na categoria Serviços.
O Prêmio MPE Brasil é uma iniciativa do Sebrae, do Movimento
Brasil Competitivo, Gerdau e Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) para
estimular o aumento dos níveis de qualidade dos negócios de pequeno porte,
promovendo competitividade, produtividade melhoria na gestão dessas empresas. O
prêmio é um grande reconhecimento às organizações que buscam pela excelência e
investem em inovação e boas práticas de excelência.
Fazenda foi uma das pioneiras em certificação orgânica no RN
A Fazenda Extrema foi uma das primeiras do RN no setor a
conquistar o selo de produto orgânico para a cachaça, certificação emitida pelo
Instituto Biodinâmico (IBD). Por ano, o engenho da Extrema produz cerca de 200
mil litros de cachaça de alambique e possui ainda uma área de armazenagem e
envelhecimento capaz de suportar até 88 mil litros da bebida. No total, o mix
de produtos da Extrema chega 26 itens - entre cachaça de variados tipos e
licores - um deles é a cachaça envelhecida por dois anos.
No entanto, um dos produtos nobres da fazenda Jardim, onde funciona o engenho,
é a cachaça orgânica com sistema de rastreamento. Confeccionada em lotes
especiais, a bebida traz uma série de informações, que comprovam a procedência
desde a cana-de-açúcar até o envasamento. "Somos muito criteriosos com
todos os nossos produtos, mas, a cachaça rastreada é para clientes especiais e
diferenciados".
Apesar de exportar a bebida para os Estados Unidos, o foco da Extrema é o
mercado nacional. Mais de 90% da produção é destinada a consumidores de São
Paulo, Minas Gerais e do Rio Grande do Norte. "Grande parte dos nossos
clientes vem até a fazenda para adquirir nossos produtos", garante
Anderson Faheina, adiantando que pretende diversificar os itens produzidos e
transformar a fazenda em um atrativo.
Para ter uma gestão eficiente, a empresa interliga produtividade a ações
socioambientais. Dentro dessa perspectiva, a empresa foi responsável pelo
saneamento da área no entorno do engenho. Da estação de tratamento dos
efluentes, são retirados nutrientes que servem de ração animal, doada para as
famílias moradoras da região. Também é doado o leite produzido na fazenda. O
esterco proveniente da pecuária é transformado em adubo para o canavial.
Fonte: Tribuna do Norte
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