O Brasil continua ganhando espaço no mundo digital. Hoje, o
país é o sétimo maior mercado de internet no planeta, com 46,3 milhões de
usuários e vem experimentando um considerável crescimento em áreas como o uso
de conexão móvel, que teve uma alta de 50% entre agosto e setembro de 2011.
Já em setores como o e-commerce, as empresas nacionais ainda
têm muito que trabalhar, já que a taxa de visitantes por minuto no Brasil é
menos que a metade da média mundial.
Os resultados fazem parte do estudo “2012 Brazil Digital
Future in Focus”, da comScore, que apresenta o desempenho dos brasileiros na
internet em 2011, com o propósito de traçar projeções para este ano. Entre as
oportunidades para as marcas apontadas pela pesquisa, as redes sociais e os
blogs continuam sendo um bom investimento.
O Brasil é líder no acesso a blogs, com um crescimento de
44% em 2011 e uma média de visitantes únicos de 95,6%, à frente da Coreia do
Sul e da Turquia.
No ano passado, o Facebook se consolidou como a rede social
com o maior número de usuários no país (hoje, 43 milhões) e também como a que
mais cresceu no total de visitantes únicos, com uma taxa de 66%, acima dos 33%
do Orkut, antigo líder no país.
Os vídeos e suas respectivas plataformas, como o YouTube,
representam outra meio para as marcas que desejam expandir o relacionamento com
os consumidores na web. Em 2011, os brasileiros assistiram a 4,7 bilhões de
vídeos online, totalizando uma navegação que durou, em média, 27,2 horas por
pessoa.
Brasileiro passa
pouco tempo em sites de e-commerce
Enquanto o consumidor do Brasil gasta muito tempo em
categorias relacionadas a entretenimento e informação na internet, quando o
assunto é o comércio eletrônico, a frequência é bem menor. “Comparada a países
como os Estados Unidos e Reino Unido, com índices de 113,2% e 115,6%, a taxa de
visitantes por minuto nos sites de e-commerce é de 32,5%, abaixo da média
global de 71,3%”, afirma Alex Banks (foto), Diretor da comScore Brasil, em
coletiva realizada ontem, dia 21.
Não é apenas no comércio eletrônico que o Brasil ainda está
abaixo dos índices globais. “As categorias de Turismo, Business e Finanças
também não têm uma taxa muito elevada de visitas, perdendo espaço para
entretenimento, cupons de desconto, redes sociais, serviços de mensagens
instantâneas e busca de empregos”, ressalta o executivo.
Os portais no Brasil, entretanto, têm se revelado como uma
boa oportunidade para dar visibilidade às marcas. Com uma média de 39,2% dos
minutos de conexão em 2011, os sites de notícias, informações e celebridades
superaram o desempenho das redes sociais, que encerraram 2011 com uma média de
participação de 23%.
Entre as redes sociais, o Facebook também teve um crescimento
expressivo no tempo de permanência dos usuários. Em 2010, a média mensal era de
37 minutos e, no ano passado, passou para 4,8 horas.
Crescimento dos
acessos móveis
Não são apenas as redes sociais que continuam a crescer no
Brasil. O acesso à internet por meio de dispositivos móveis, como smartphones e
tablets também. Em dezembro de 2011, o total de conexões móveis chegou a 1,5%
de todo o tráfego digital no país. Entre agosto e setembro do ano passado, o
crescimento do número de acessos à web gerados por esses dispositivos aumentou
em 50%.
Do total de 1,5% registrado ao final do ano, 42,2% das
conexões foram originadas em tablets, a maioria (90,6%), iPads da Apple. O
sistema operacional da marca também lidera o ranking entre os usuários de
smartphones e o iPhone encerrou 2011 com uma participação de 35% das conexões
geradas por dispositivos móveis no Brasil. Em seguida aparece a plataforma
Android, do Google, com 31,4%, à frente dos celulares comuns, com 23%.
O número de usuários acima de 55 anos também sofreu uma alta
na internet, embora a faixa etária entre 15 e 24 seja a maioria (28,2%). “Em
2009, eles (brasileiros com mais de 55 anos) representavam apenas 5% dos
acessos à internet e, no final de 2011, chegaram a 7%, impulsionando
principalmente serviços como internet banking. Esse público deve crescer nos
próximos anos e é preciso estar atento as suas futuras necessidades”, diz o
Diretor da comScore Brasil.
Fonte: Exame.com
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