São Paulo – Um estudo sobre ataques cibernéticos aponta o
Brasil como um dos países menos preparados para lidar com este tipo de ação.
O estudo Cyber Defense Report, produzido pelo centro de
pesquisas belga Security Defense Agenda (SDA) e pela McAfee, analisou a
preparação de 23 países em ataques virtuais. No entanto, nenhum obteve a nota
máxima (5 pontos).
Brasil, Índia e Romênia receberam nota 2,5 e ficaram apenas
à frente do México. Os melhores posicionados foram Israel, Finlândia e Suécia,
que receberam nota 4,5.
As notas aplicadas pelo estudo consideram medidas básicas de
segurança como firewalls e antivírus, além de proteções mais avançadas como
educação e grau de informação do governo.
Segundo o estudo, países da América Latina tendem a possuir
uma infraestrutura e tecnologia desatualizadas, além de não contarem com
legislações específicas contra crimes cibernéticos.
Um exemplo de impunidade sobre crimes cibernéticos no Brasil
pode ser acompanhado ao longo desta semana, quando sites de instituições
financeiras viraram alvo de ataques, deixando os serviços indisponíveis. O
estudo também aponta certa vantagem aos crackers que atacam sistemas com fins
de espionagem ou para praticar roubos.
No próprio estudo, o diretor do Departamento de Segurança da
Informação e Comunicações da Presidência da República, Raphael Mandarino,
afirma que devido ao Brasil não estar envolvido em guerras, o país não enxerga
o espaço cibernético como uma ameaça local e que a infraestrutura foi criada
para proteger os sistemas internos do governo.
O estudo aponta como solução o compartilhamento de
informações entre os países para criarem proteções mais avançadas para as
ameaças virtuais.
Fonte: Exame.com
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