Na última terça-feira (09), o Banco Panamericano controlado pelo Grupo Silvio Santos, entrou com pedido de “empréstimo” de 2,5 bilhões de reais ao Fundo Garantidor de Crédito (FGC), com intuito de restabelecer o equilíbrio patrimonial e a liquidez da instituição financeira. Como garantia deste aporte, foram dadas todas as empresas participantes do Grupo Silvio Santos, sendo 44 empresas, inclusive as 5 principais, são elas, o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), a empresa de cosméticos Jequiti, a Liderança Capitalização (Tele Sena), as Lojas do Baú da Felicidade e o próprio Banco Panamericano. Essas garantias somam 2,7 bilhões de reais. Em dezembro de 2009 o Banco já havia vendido 49% do capital votante à Caixa Econômica Federal (CEF), por 739,2 milhões de reais.
O que aconteceu? O Banco Central (BC) detectou uma deficiência expressiva no patrimônio do Banco Panamericano, ou seja, uma fraude contábil e deu 30 dias de prazo para se buscar uma solução, que incluía capitalização, troca de controle ou intervenção da autoridade monetária, explicou o presidente do conselho de administração do FGC, Gabriel Jorge Ferreira.
O Grupo Silvio Santos terá 10 anos para quitar a dívida junto ao FGC, o grupo terá 03 anos de carência e a partir daí terão os 07 anos restantes, os títulos serão reajustados pelo IGP-M.
Considerado pelo próprio apresentador, Silvio Santos, como o principal negócio do Grupo, ele pode ser obrigado a vender o banco, que lhe gera uma receita anual de até 120 milhões de reais. A instituição ainda não foi colocada a venda oficialmente, mas essa pode ser a primeira e mais rápida maneira de recuperar o dinheiro.

Agora, de acordo com reportagem no Portal Exame.com, “Silvio Santos estaria disposto a se desfazer do Panamericano. Desde que o BC apurou a fraude contábil, há cinco semanas, o empresário tem adotado uma postura bastante pragmática”. A venda do banco provocaria um forte impacto ao Grupo, pois, é o negócio mais importante e rentável.
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